"Mulher frágil e comum conhece homem (poderoso e incomum) que aparece em sua vida para salvá-la (seja literalmente, de bruxas e de dragões, seja metaforicamente, de sua vida entediante e monótona)."
Embora o enunciado encaixe-se perfeitamente em quase todos os contos de fadas infantis e em algumas histórias "modernas" (como 50 Tons de Cinza, Crepúsculo, Pretty Woman, dentre tantas outras), ele se refere, na realidade, à ideia que ainda aprisiona a maioria das mulheres, consciente ou (como é mais frequente) inconscientemente: a ideia de que o amor, ou o homem, é a solução para todos os seus problemas; a ideia de que elas precisam ser SALVAS.
Isso, na chamada vida real, não existe. Chega de enganar-se em ilusões, de buscar no exterior o que precisa ser encontrado a nível interior. O amor não é um complemento. Não será um outro quem preencherá o vazio interno que habita cada um de nós.
A idealização sobre o amor romântico e sobre o príncipe encantado acabará no momento em que essas mulheres compreenderem que elas, e somente elas, são o centro do seu universo, a personagem principal de suas vidas. Isso significa que toda e qualquer mudança positiva (a verdadeira "salvação") na vida de uma mulher depende única e exclusivamente dela.
Torne-se a mulher que você gostaria de ser, que você admiraria: a versão melhorada de si mesma. Respeite-se acima de tudo. Só assim o verdadeiro amor transbordará, o amor que está dentro e que vem de dentro: o amor por si própria. E aí eu quero ver que mulher submeter-se-á a sacrifícios homéricos e dramáticos (à la Cinderela, Branca de Neve, Anastasia Steele, etc) só para ter um homem ao seu lado.